sexta-feira, 16 de março de 2012

O gosto e o desgosto



Entre as capas, em imagem, medeiam apenas 30 anos. As da colecção XIS são dos finais dos anos 50, a capa do policial de Ruth Rendell é do final dos anos 80 do século passado. Mas a decadência estética, para mim, é notória. A mesma diferença que existe entre a qualidade dos Madredeus, por exemplo, e a boçalidade do Quim Barreiros - perdoe-se-me a comparação musical. Ou entre o grafismo cuidado, e o desenho rasteiro. Se Portugal, como eu defendo, melhorou muito nas estradas, na medecina dentária e nos vinhos, nos últimos 40 anos, a nível de capas de livros, tem vindo a atingir, em muitos casos, o supino da foleirice militante. São pormenores - dirão alguns - sem grande importância objectiva. Talvez...mas é o que faz a diferença.

2 comentários:

  1. Inteiramente de acordo.
    Há capas que matam os livros.

    ResponderEliminar
  2. E, isto, para policiais, género que as bem-pensâncias consideravam menor...
    Porque se formos a ver capas de prosa e poesia literária, nos anos 50/60, há grafismos maravilhosos e altamente criativos. Mudam-se os tempos...
    Bom dia, MR!

    ResponderEliminar