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segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Da leitura (54)



A ter em conta como ideia ou para expressar um contraditório: 

"... Como afirma Peter Bürger (1954) na sequência do legado de Walter Benjamin, com a invenção da fotografia não é apenas a pintura que perde a sua «função» social, mas é sobretudo o antagonismo entre arte e sociedade burguesa que paulatinamente retira à arte qualquer utilidade social, o que implica, por um lado, o esteticismo (a consagração da arte exclusivamente em função dos valores estéticos), e, por outro, a especialização do artista, a partir da progressiva divisão do trabalho."

José Carlos Pereira, in O Valor da Arte (pg. 64).

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Recomendado : noventa e oito



As edições destes ensaios da FFMS variam muito de qualidade e dependem bastante da competência dos seus autores. É o caso do biólogo Luís Mendonça de Carvalho e do seu livrinho sobre As plantas e... (2019) que, bem arrumado, claro e muito informativo, foi lido com atenção e gosto de mais saber por HMJ.
Irei lê-lo em breve, mas desde já o recomendo alicerçado na opinião criteriosa da leitora que me precedeu.

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Leituras e realidade



O livro tem um lado acrítico, nacional-porrerista (à MEC), que o faz omitir, por exemplo, os horríveis e mastodônticos paquetes que acostam a Lisboa, todos os dias, despejando milhares de bimbos, ruidosos, de calções e alpergatas pelas ruas da capital, e a fotografar o que quer que seja. Bem como algumas parcialidades pouco isentas que dão à obra um tom laudatório excessivo. Mas vê-se que, por trás do texto, houve trabalho sério, sobretudo do ponto de vista histórico, da autora.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Simples constatação

 

Sobrevoei, de algum modo, este livro cuja capa encima o poste. Pela decepção, dei-me depois a contar os artistas, escritores principalmente, mas alguns, poucos, músicos e pintores também, que nele são referidos. Pelo menos, contabilizei 36 nomes, às vezes com citações, em 68 páginas de texto. É obra!
Melhor do que isto só Gonçalo M. Tavares o consegue.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Últimas aquisições (42)



Estes livrinhos da FFMS, sendo embora de autores pouco conhecidos, têm em comum a singularidade dos assuntos e a abordagem muito própria da escrita simples, quase sempre agradável e profissional de temas sociológicos pouco habituais.
E se este Avieiros, hoje, de João Francisco Gomes (1995), que comprei recentemente, tem por sombra tutelar o escritor ribatejano Alves Redol (1911-1969) que pela primeira vez tratou do assunto em 1942 (Avieiros), desta vez não é a ficção que prevalece.
A migração dos pescadores e famílias de Vieira de Leiria, para as mais favoráveis e menos perigosas margens ribeirinhas do Tejo são o motivo principal deste livrinho. Bem como um tipo de cultura própria que esta mudança acabou por propiciar.

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Do que fui lendo por aí... 53



Talvez um pouco desarrumado para o meu gosto, sobretudo pela enormidade da informação que Carlos Bobone nos traz, este pequeno volume A religião dos livros (93 páginas de texto), da FFMS, evoca-nos o maravilhoso mundo das livrarias e alfarrabistas, de leilões e bibliófilos, de editoras e feiras. Recolhi dele, e da página 34, um pequeno excerto, que aqui deixo:

"... e alguém que não sabe que não pode tratar o Eça por Queiroz não está muito familiarizado com a produção literária portuguesa.
Ora, o que é curioso no mundo livreiro é que este permite ter todos os indicadores de pertença cultural sem, ainda assim, conhecer minimamente o interior dos livros. O conhecimento bibliográfico que tantas vezes permite ao livreiro passar por erudito também o pode fazer passar por conhecedor, sem que seja uma coisa ou outra."

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Bibliofilia 199



A mata, a batalha, o convento e o palace seriam motivos mais do que suficientes para que o Buçaco merecesse um interesse monográfico. O meu primeiro contacto com a zona terá sido numa visita escolar, por volta dos 14 ou 15 anos, de que me restam testemunhos fotográficos pitorescos.
Há pouco saiu dos prelos da FFMS um Ama o Precipício (Maio de 2022) sobre o tema que, embora forneça muita informação sobre o assunto, me parece mal arrumado...



Prefiro-lhe, de longe, o clássico Guia Histórico do Viajante no Bussaco, de Augusto Mendes Simões de Castro (1845-1932), cuja segunda edição (1883) me custou, há uns bons anos, uns módicos Esc. 120$00. Acresce que o meu exemplar está valorizado com uma dedicatória do autor para o conhecido bibliófilo Fernando Palha. Vi, recentemente, anunciada uma obra semelhante ao preço de 60 euros, na Livraria Alfarrabista.



Se porém quisermos uma monografia mais pragmática e sucinta sobre o tema, para uma visita capaz, eu aconselharia, do mesmo publicista, arquitecto e arqueólogo, o Elucidário do Viajante no Bussaco (Coimbra, 1921), que a Livraria Manuel Ferreira (Porto) tinha à venda, encadernado, por 30 euros.

segunda-feira, 11 de abril de 2022

Últimas aquisições (37)



Os livrinhos têm quase todos um ar simpático, um grafismo cuidado e de bom gosto. Além disso, os temas abordados não são vulgares, antes singulares. São tratados de modo muito próprio pelos autores e os pequenos volumes têm um preço tentador: 3,15 euros. Um aliciante para os fãs que coleccionem marcadores: cada obra possui um (tipo postal) alusivo ao assunto tratado no texto.
Remato, da última vez que fui ao sítio do costume, arrebanhei estes 3 (capas em imagem) e trouxe-os comigo. Não me arrependi, até agora.



segunda-feira, 4 de abril de 2022

Museus



O livrinho, cuja capa encima o poste, faz uma abordagem muito singular do tema proposto - mérito da autora e do seu método. E, por isso mesmo, embora só tratando de museus lisboetas, proporcionou que eu tecesse também algumas considerações íntimas e gerais sobre as minhas experiências museológicas mais recentes.
Cheguei assim à conclusão que, provavelmente, o museu que eu mais vezes teria visitado, na vida, fora o da Fundação Calouste Gulbenkian (C. A. M., inclusivé). Se o inventário se alargasse a todo o território de Portugal, o campeão seria, sem dúvida o vimaranense Museu Alberto Sampaio.
Aqui deixo também a indicação das minhas duas últimas e mais gratificantes visitas pelas terras portuguesas: o Museu Grão Vasco, de Viseu, já remodelado e muito bem, que foi uma agradável surpresa; e ainda o Museu de Aveiro, que eu não conhecia.
Em Lisboa, visitei finalmente as Casas-Museus Doutor Anastácio Gonçalves (Av. 5 de Outubro) e Medeiros e Almeida (Rua Rosa Araújo). Devo dizer que duas boas e tocantes experiências inesperadas.
Concluo referindo que, maiores ou menores, em Lisboa há mais de 70 museus!