Não será caso único e, para quem tenha, por casa, em caixas de cartão antigas, velhas fotografias, a pergunta, sempre a mesma pergunta, repetir-se-á: Quem será esta pessoa? Porque, a não haver, no verso, uma indicação do nome ou nome dos retratados, essas personagens sumir-se-ão na obscuridade do tempo, para sempre, a partir, talvez, da terceira geração. Às vezes, mesmo antes.
Do alto do seu colarinho cavalheiresco, este jovem fita-nos com um olhar algo irónico (ou tímido?) na sua risca a meio do cabelo bem penteado, mão direita longa e esbelta, num ambiente de casa suavemente decorada, talvez dos anos 30. O vaso, à esquerda, revela a ausência de uma mão feminina que por lá terá andado, mas não consta da imagem.
Encontrada a marcar o livro La mort de la tragédie, de George Steiner, pelo meu amigo H. N., quando o comprou, a foto acompanhou o empréstimo da obra, quando me chegou às mãos. Está agora à minha frente, e eu vou especulando, sem bússola...
A foto tem graça.
ResponderEliminarDevia ser um rapaz muito compostinho...
Eliminar