Não tenho, à partida, nenhuma aversão aos habitantes da CH, porque não os conheço. Os falantes de uma das suas línguas - o suiço-alemão - não os percebo, como não entendo certos dialectos do Sul da Alemanha. Deve ser a mesma sensação como um Português do Continente ser colocado, p. ex. como professor, numa escola em Rabo de Peixe, nos Açores. No papel, parece que falamos todos a mesma língua, mas na prática não percebemos patavina. Pelo menos eu.
No entanto, tal facto nunca impediu que gostasse, desde cedo, da obra de um Max Frisch, preferindo o escritor de Zurique a Dürrenmatt, para citar apenas dois suiços que, na altura, se recomendavam para leitura escolar e não só.
Com efeito, quando falo do cinismo da CH não me refiro a um universo linguístico-literário, mas, pelo contrário, ao "descaso moral" e político suiço, passado e presente. Vem isto a propósito de uma frase, cínica, da Ministra das Finanças Widmer-Schlumpf, afirmando que "não queremos fortunas estrangeiras não taxadas" (!)
Ora, tal afirmação surge na sequência da compra de determinados dados - em formato cd-rom - sobre a fuga de capitais da Alemanha. Uma compra recente, por um dos Estados Federados da Alemanha, levantou a suspeita de lavagem de dinheiro e dinheiros desviados para praças da Ásia.
Tanto os negócios ocultos que a Ministra suiça pretende negar como o seu apelido fizeram-me recordar um boneco - homónimo em alemão: Schlumpf (em Português: strumpf) - que se tornou objecto de colecção na Alemanha. Escolhi este que me pareceu adequado ao cinismo que encobre este como outros destinos de fuga dos capitais.
Post de HMJ
Uma anedota.
ResponderEliminar