Este "A Treatise on the wines of Portugal", publicado em 1788, é seguramente uma das mais antigas e bem informadas obras dedicadas aos vinhos portugueses, com particular incidência na abordagem e história do Vinho do Porto. O autor do livro, John Croft (1732-1820), pertencia à Feitoria Inglesa, no Porto, sendo natural do Yorkshire, e negociava em vinhos, sobretudo na exportação para a Inglaterra.
A obra foi traduzida em 1940 e teve uma reedição do Instituto do Vinho do Porto, em 1942. Aí se aprende que foi, em finais do séc. XVII, que os vinhos de Portugal (re)começaram a ser comprados pela Grã-Bretanha, devido à decadência da viticultura italiana e da pouca produção da zona da Galiza, em Espanha.
John Croft explica-nos, também, que sendo os vinhos delgados e de pouca cor (Palhetes), era costume adicionar-lhes bagas de sabugueiro, para os tornar semelhantes aos anteriormente importados de Florença e outras regiões italianas. Croft faz considerações pouco lisongeiras para com o Marquês de Pombal - o que se compreende -, mas gaba-lhe o Carcavelos, que ele produzia na sua Quinta, na zona de Oeiras.
Não sabia que Croft tinha escrito um tratado sobre vinhos portugueses. Gostei.
ResponderEliminarE o livrinho (28 páginas) é de muito agradável leitura. À tradução portuguesa, falta, no entanto, a "Dissertação sobre a natureza dos vinhos em geral...".
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