Há precisamente 51 anos começou a construção do Muro de Berlim, numa altura em que eu ainda não tinha consciência política. Os professores ensinaram-me, numa primeira fase, a configuração geográfica da Alemanha, preenchendo-a com os factos históricos do passado e do presente.
Da História recente, nomeadamente, da 2ª metade do século XX, ilustravam a sua exposição com documentários sobre a 2ª Guerra Mundial e o pós-Guerra. Ainda bem. Embora já não consiga ver filmes sobre a guerra, porque "enchi a alma de horrores" numa dada altura, aprendi a lição principal para o resto da vida. Ainda hoje, é-me difícil substituir os valores da liberdade e da paz por outros confortos intelectuais, porque sem aqueles não se consegue desfrutar nenhum destes últimos.
Na profusão de imagens que se fixaram na memória, lembro-me, também, de um comentário sobre a construção do Muro de Berlim, diferente do que consta em epígrafe. E na altura, a imagem que mais me impressionou continua presente. Com o Muro a subir no meio, famílias de um lado e de outro a acenar. Fez-me lembrar o Reno, rio que me separava de meu avô de quem tanto gostava. Imaginava como seria, se não o pudesse voltar a visitar, independentemente das forças - boas ou más/naturais ou outras - que mo impedissem.
Post de HMJ
Não se tiram lições da História porque continuam a construir-se muros. :(
ResponderEliminarTem razão, MR. E os piores (e mais problemáticos) são aqueles que não se vêm...
ResponderEliminarPara MR e c.a.:
ResponderEliminarAgradeço os comentários oportunos.
c.a., tem razão. Os poderes sem rosto...
ResponderEliminarVinha para escrever... o que já está escrito.
ResponderEliminarAinda bem que existem outros a pensar, como eu gosto e como eu penso...
Para JAD:
ResponderEliminarainda bem que existem pessoas a pensar! A partilha de gostos ou valores poderá vir por acréscimo, e é um conforto. Obrigada.