quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Quase um arco-íris


O vento matinal e forte afastou as nuvens e o sol faz estalar, como se crepitassem ao fogo, as ripas das persianas. O céu, limpidamente, não chega a reflectir o azul, que o verde do rio é bem mais firme. Barcos deixam bigodes de espuma branca, ao passar. E, ao longe outrabandista, as fímbrias estreitas de areia, douradas e amarelas, quase retribuem a luz.
Falta aqui o róseo, que já foi da madrugada que passou. Mas vai-se instalando um vermelho rubro que lá vem do alto, pelo sol. Quase não há lugar para o negro ou cinzento, senão no interior das casas.

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