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segunda-feira, 18 de julho de 2016

Retro (86)


Publicação curiosa do Instituto do Vinho do Porto, de que mão amiga me fez chegar alguns números, estes Cadernos informam-nos, estatisticamente, sobre vários aspectos do comércio de  exportação do néctar duriense, no período à volta da II Grande Guerra.
Por curiosidade, deixo também em imagem um gráfico sucinto sobre a divisão dos custos/lucros, em Inglaterra, com base na venda do Vinho do Porto que se exportava em 1948. Como será hoje? E depois do Brexit, como virá a ser?


sábado, 9 de maio de 2015

Mercearias (muito) Finas 102


Registe-se, a título de curiosidade e para memória futura, que, na passada quinta-feira, 7 de Maio de 2015, nos salões da casa leiloeira Sotheby's, em Londres, foi vendido um Vintage bicentenário, pela quantia de 5.000 libras, o equivalente a 6.800 euros. Tratava-se do celebrado Vinho do Porto Ferreirinha de 1815, cognominado Waterloo, por pertencer à colheita do ano em que Napoleão foi definitivamente derrotado, em terras, hoje, da Bélgica, e na batalha de nome homónimo.
As caves da Sogrape-Ferreirinha albergam ainda no seu interior, em Vila Nova de Gaia, mais 49 garrafas deste precioso néctar. Pobre de mim!, que o mais antigo Vinho do Porto, que bebi (em 1979), decantado que foi, pertencia a uma reserva particular de 1871. Mas era boníssimo, também...

domingo, 8 de março de 2015

Regionalismos transmontanos (74)


1. Taniça - cordel delgado.
2. Tarecada - acção ou dito de mulher buliçosa, traquinas.
3. Tarracho - homem baixo e atarrecado.
4. Tato - tátaro, gago, tartamudo, tatibitate.
5. Tenente - homem a quem a mulher é infiel.
6. Terçar - lavrar a terra pela terceira vez.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Produtos Nacionais 19 : morigerados costumes/modestos presentes


Este pacotinho de açúcar da RAR, de modestíssimo grafismo naïf, que explica no verso a origem e tradição do conhecido Galo de Barcelos e que, na sua versão barrista e laica, se contrapõe à N. S. de Fátima, em plástico, iluminada, como símbolo nacional, levou-me longe...
Nos meus tempos de mesada e orçamento restrito, por regra familiar, quando eu tinha que presentear um(a) estrangeiro(a), comprava um pequeno Galo de Barcelos, em barro, para lhe oferecer. Os meus amigos chegados faziam o mesmo. Em casos excepcionais, juntava-lhe uma pequena garrafa de Vinho do Porto, miniatura. Estas duas ofertas não iriam além dos Esc. 15$00 e, isso, ainda o meu orçamento podia cobrir... E os estrangeiros presenteados, jovens como eu, naturalmente, ficavam contentes.
Pergunto-me, curioso, o que oferecerão os jovens adolescentes portugueses, hoje em dia, aos seus amigos estrangeiros? Com certeza que não serão tão modestos nas lembranças...


terça-feira, 22 de abril de 2014

Curiosidades 26


Os gráficos e números das imagens foram recolhidos do nº 2 (Fevereiro 1940) dos "Cadernos Mensais de Estatística e Informação do Instituto do Vinho do Porto". A sua consulta permitirá várias leituras. Para mim, foi uma surpresa saber que, na altura (1939), a Noruega era o maior consumidor, per capita, do nosso Porto (hoje, será talvez a Bélgica).  Bem como Moçambique se destacar, entre as ex-Colónias, como principal destino. A vizinhança das colónias inglesas africanas talvez ajude a explicar este facto.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

O Vinho do Porto e os anos da Guerra


Mão amiga e sensível fez-me chegar, em oferta, um bom conjunto de Cadernos Mensais de Estatistica e Informação do Instituto do Vinho do Porto, que vão de Fevereiro de 1940 (nº 2) até ao nº 100, de Abril de 1948, embora com várias faltas pelo meio. As informações são variadas e muito interessantes.
Se no ano de 1939, a Inglaterra se mantinha como o maior importador de Vinho do Porto, em plena II Grande Guerra e no ano de 1943, a sua posição baixa para a 24ª posição. Os Estados Unidos ocupam então a posição primeira. Mas a Bélgica, que ainda é hoje um grande consumidor, baixa apenas um lugar: de 3º maior importador, para 4º.
Mas o que achei mais interessante é que as instâncias superiores e o I. V. P., preocupados com a baixa das importações, resolveram lançar um concurso para escolher uma frase publicitária que ajudasse a promover a venda e difusão do produto. O resultado, que se mostra em imagens neste poste, contém curiosidades que não quero deixar de destacar. A primeira, é que António Ferro integrou o juri do Concurso. Mas também que o conhecido Arquitecto Raul Lino teve o terceiro prémio, tendo o Prof. Mário d'Azevedo Gomes ficado em 2º lugar. Quem diria?!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Um tratado sobre vinhos portugueses



Este "A Treatise on the wines of Portugal", publicado em 1788, é seguramente uma das mais antigas e bem informadas obras dedicadas aos vinhos portugueses, com particular incidência na abordagem e história do Vinho do Porto. O autor do livro, John Croft (1732-1820), pertencia à Feitoria Inglesa, no Porto, sendo natural do Yorkshire, e negociava em vinhos, sobretudo na exportação para a Inglaterra.
A obra foi traduzida em 1940 e teve uma reedição do Instituto do Vinho do Porto, em 1942. Aí se aprende que foi, em finais do séc. XVII, que os vinhos de Portugal (re)começaram a ser comprados pela Grã-Bretanha, devido à decadência da viticultura italiana e da pouca produção da zona da Galiza, em Espanha.
John Croft explica-nos, também, que sendo os vinhos delgados e de pouca cor (Palhetes), era costume adicionar-lhes bagas de sabugueiro, para os tornar semelhantes aos anteriormente importados de Florença e outras regiões italianas. Croft faz considerações pouco lisongeiras para com o Marquês de Pombal - o que se compreende -, mas gaba-lhe o Carcavelos, que ele produzia na sua Quinta, na zona de Oeiras.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Produtos Nacionais 6 : Vinho do Porto


Localizada a sua existência a partir do séc. XVIII, o Vinho do Porto (ou Vinho Fino, assim chamado quando era produzido em quintas particulares, e não comercializado) é, seguramente, o produto português mais célebre e mais conhecido, mundialmente. No entanto, a partir da segunda metade do séc. XIX, a filoxera (insecto hermafrodita, muito nocivo às cepas de uvas) começou a infestar os vinhedos da Europa, destruindo-os, gradualmente. No Douro, a filoxera foi localizada, pela primeira vez, em Sabrosa, por volta de 1860, alastrando por toda a região, progressivamente, e estendendo-se a todo o Portugal vinhateiro. Sobretudo no Douro contribuiu para a ruína do negócio e dos produtores do Vinho do Porto. Apenas uma parcela da Quinta do Noval foi poupada ao flagelo, mantendo ainda hoje as chamadas vides pé-franco, ou seja, não enxertadas em cepas norte-americanas, que são mais resistentes à filoxera. Daí que os Vinhos do Porto desta quinta sejam mais apreciados, embora escassos, e mais caros.
Para os apreciadores do famoso néctar dá-se, em imagem, uma lista das colheitas dos últimos 108 anos, com a respectiva classificação de qualidade (pena que seja em inglês!...).

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Retro (3) : Vinho do Porto



É um pequeno folheto de 6 páginas, dobrado em três, de aspecto agradável e boa execução gráfica, embora com as cores delidas pelo tempo, porque foi impresso em 1959, apenas em língua portuguesa. Dentro estavam as vinhetas que acompanham a imagem da capa. Fazendo publicidade ao Vinho do Porto.
Acho-o curioso e original porque, além de estar bem feito, dá informações objectivas e sucintas, úteis. Mas o que me parece ainda mais interessante é que apresenta dois exemplos "politicamente incorrectos", na contracapa, como se pode ver: a dona de casa a beber, enquanto faz as limpezas, e o operário a fazer o mesmo, enquanto trabalha...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Nem tudo está perdido


A dívida pública portuguesa voltou, ontem, a ser colocada acima dos 7%. É evidente que os cáftens (agências de rating) ou chacais continuam a tentar cercar a presa. É também óbvio que os estadistas europeus, e se calhar incluindo a própria Sra. Merkel, nunca devem ter lido Brecht... É pena!
Mas é também de saudar a notícia de que as exportações portuguesas, em 2010, tenham crescido 15%, em relação a 2009: é obra! Já o disse, aqui no Arpose, que a "paisagem" portuguesa, de há 40 anos para cá, tem, pelo menos, 3 vertentes francamente positivas: as vias de comunicação, a (alguma) Medicina dentária, e a qualidade e diversidade dos nossos vinhos. Atente-se nesta singularidade: a exportação de vinhos portugueses cresceu 17%, em 2010, em relação ao ano de 2009.
Os rapazes da Moody's, da Standard & Poor's e quejandas hienas devem beber água de Vichy...ou Coca-cola light.
Evoé!

Nota: reproduz-se, em imagem, um cacho de uvas de Touriga Nacional, considerada a raínha das castas portuguesas. Essencial na produção do Vinho do Porto, do "Barca Velha", e dos grandes vinhos portugueses.