quinta-feira, 7 de julho de 2016

Madrugada, manhã e andorinhas


Parece mais feliz e sereno o voo das andorinhas, esta manhã. Que não aquele bater de asas inquieto e nervoso, ziguezagueante, que lhes é habitual. O ar está fresco e quase desapareceu a névoa sobre o rio. Limpa talvez pela bátega que caiu, pelas quatro da manhã, e me acordou. Primeiro, o tropel violento do granizo fino, depois a cadência persistente da chuva ritmada, que nunca mais acabava...
O Sol tenta vencer as nuvens ralas, enquanto as andorinhas se abandonam à sua dança suave, em grupos pequenos de duas ou três. Zilram baixo. Algumas pombas preguiçosas, pelos telhados, parecem esconder a cabeça sob as asas. Das gaivotas invisíveis, apenas se ouvem, de longe a longe, os roncos dissonantes.
Composto o esboço, vou-me ao banho.

2 comentários:

  1. Há dias, num quintal de um amigo, vi um ninho. Pensei que era de andorinhas, mas era de uns passarinhos pequenitos.
    Ainda não vi andorinhas este ano.

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    1. Por Lisboa tenho visto muitas, mas na zona outrabandista andam muito poucas.

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