Parece mais feliz e sereno o voo das andorinhas, esta manhã. Que não aquele bater de asas inquieto e nervoso, ziguezagueante, que lhes é habitual. O ar está fresco e quase desapareceu a névoa sobre o rio. Limpa talvez pela bátega que caiu, pelas quatro da manhã, e me acordou. Primeiro, o tropel violento do granizo fino, depois a cadência persistente da chuva ritmada, que nunca mais acabava...
O Sol tenta vencer as nuvens ralas, enquanto as andorinhas se abandonam à sua dança suave, em grupos pequenos de duas ou três. Zilram baixo. Algumas pombas preguiçosas, pelos telhados, parecem esconder a cabeça sob as asas. Das gaivotas invisíveis, apenas se ouvem, de longe a longe, os roncos dissonantes.
Composto o esboço, vou-me ao banho.
Há dias, num quintal de um amigo, vi um ninho. Pensei que era de andorinhas, mas era de uns passarinhos pequenitos.
ResponderEliminarAinda não vi andorinhas este ano.
Por Lisboa tenho visto muitas, mas na zona outrabandista andam muito poucas.
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