domingo, 31 de julho de 2016

Bibliofilia 145


Eu já tive um encantado afecto pelos livros de Fialho de Almeida (1857-1911) e ainda releio, hoje, algumas das suas obras com imenso gosto.
Por outro lado, esta colecção de culto, minoritário é certo, criada por Vitor Silva Tavares (1937-2015) e que morreu com ele, sempre me mereceu um concentrado respeito. Comprei vários dos seus números, na altura da saída. Entre o fescenino e o raro, o provocador e o proibido, a série contramargem / & etc tem a maior parte dos seus livros-folhetos esgotados.
Pois, esta pequena antologia de Fialho, com o número 11 da série, tem exactamente 35 anos, porque foi editada em Julho de 1981, e contém alguns textos soberbos como, por exemplo, a extravagante descrição do enterro do rei D. Luís I. Depois, o exemplar era o único, que restava, nessa pequena, mas muito cuidada livraria da Cova da Piedade, onde o comprei. Custava 3 euros - para quê esperar?


4 comentários:

  1. Há alguns colecionadores desta coleção - eu conheço um - que tipograficamente é linda.
    E já agora: para o ano vai haver uma expo sobre a coleção, que começou como jornal.
    Bom dia!

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    1. É uma belíssima ideia!
      Eu creio que ainda tenho alguns jornais "& etc.", não sei é onde...
      Bom dia!

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  2. De Fialho de Almeida tenho:
    Saibam quantos ;Actores a autores; Pasquinadas e
    Os gatos. Encontrei dois...Os outros, plagiando
    as suas palavras do comentário anterior, estão,
    "não sei é onde". Nesta procura, encontrei de Augusto
    de Castro o livro Fantoches e Manequins que pelo
    título, deve ter semelhanças com a sociedade actual,
    apenas com uma "diferença" de 100 anos. Vou ler.
    Boa tarde.

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    1. Isto das leituras, é como as cerejas... Por causa de Fialho, fui eu ler Costa Pimpão que fez a sua tese sobre o escritor, bem como foi meu professor, em Coimbra, de Teoria de Literatura- veja bem!..:-)
      E não tenho perdido o meu tempo, com o que fui relendo, com gosto.
      Boa noite!

      P.S.: conheço mal Augusto de Castro. Mas sei que escrevia com elegância, o que não é coisa pouca.

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