Considerado um dos pintores mais significativos do post-guerra alemão, Sigmar Polke (1941-2010) tem, presentemente, no MOMA, uma exposição retrospectiva da sua obra, que seguirá para a Tate, no Outono.
Influenciado pela Pop americana (Andy Warhol, Lichtenstein...) soube reconstituir uma identidade própria, onde a provocação andava paredes meias com um libertário anarquismo de expressão, servido por um profissionalismo e cultura exemplares. Na década de 70, passou a dedicar-se à Fotografia, regressando, na década seguinte, à Pintura, parecendo, com isso, querer sublinhar a sua inteira autonomia, bem expressa pela sua frase provocatória: Wir wollen frei sein wie die Väter waren (Queremos ser livres como os nossos Pais foram) - numa alusão cruel e irónica à geração alemã que viveu e acompanhou o nazismo.
O quadro Frau Herbst und ihre zwei Tötcher (A senhora Outono e as suas duas filhas), da segunda e terceira imagem do poste (conjunto e pormenor), pintado por Sigmar Polke no ano de 1991, em que a Mãe corta papel com uma tesoura e as filhas lançam os pedaços como se fosse neve artificial, parece, no entanto, querer expressar uma reconciliação entre tradição e modernidade, a que um cenário, confundível de esboços-paisagens à Turner, cauciona uma estética fragmentária, mas muito singular.
Desconhecia este pintor, mas vou tentar ver algo de/sobre ele.
ResponderEliminarObrigada!
Devia ser um homem das arábias..:-)
EliminarBom fim-de-semana!