domingo, 20 de julho de 2014

Considerações (talvez) abusivas sobre a condição feminina


Ontem, durante o Festival ao Largo, e enquanto ouvia a talentosa Elisabete Matos em excertos da "Tosca" e da "Turandot", dei-me conta de que o bombo, os timbales e correlativos estavam a cargo de uma frágil e jovem música que, com alegre e intensa energia, os percutia com duas imparáveis baquetas.
Depois, também as harpas (2) eram dedilhadas por mulheres. E, pelo menos, um dos violoncelos era tocado por uma senhora música, de meia-idade. Confesso que não reparei no piano... E, talvez, a conclusão tivesse sido um pouco precipitada, mas pensei que os instrumentos musicais maiores e mais pesados tinham cabido às senhoras. Porque os flautistas eram quase todos homens.

4 comentários:

  1. Ela canta muito bem, mas a última vez que a vi foi a fazer de Isabel de Valois, como noiva de Dom Carlo. Parecia mais do que mãe dele. Era impossível não nos rirmos.

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    1. Curiosamente, de Elisabete Matos, nascida nas Caldas das Taipas e numa família de músicos, não se consegue saber a data de nascimento. Embora eu julgue que é da colheita de 1956...
      E a questão que a MR aponta, é recorrente. Se, no cinema, os (as) artistas vão desempenhando papéis apropriados à sua idade, na Ópera, vemos, às vezes, quinquagenários representando personagens quase adolescentes. O que provoca um certo desagrado em quem vê e ouve, apesar de a voz envelhecer mais devagar...

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    2. Tinha-se de se fechar os olhos porque senão estávamos sempre a rir. Era de um ridículo...

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