segunda-feira, 7 de julho de 2014

Filatelia XCIII : o abuso e a ganância dos Correios


Decorrente da recente gentileza de um Amigo, relacionada com filatelia, acabei por dialogar com ele, sobre a política actual dos CTT portugueses. E afirmei, porque assim penso, que eles (Correios) abusam do "negócio", em relação aos filatelistas portugueses, emitindo excessivas estampilhas, blocos, etc., anualmente, como se tudo aquilo fosse uma "galinha dos ovos de ouro", que os filatelistas têm de engolir. Citava, em abono da minha tese, o equilíbrio e o excesso: no ano de 1973, os CTT fizeram sair 8 séries; em 2008, as emissões de selos foram 31...
Não se pense, no entanto, que os Correios portugueses são uma ilha de abuso, num mar de temperança. Não, que a globalização uniformizou este excesso.
O que distingue, profundamente, as emissões alemãs, das portuguesas, é que a grande maioria delas é composta por apenas 1 selo, enquanto uma série portuguesa é composta, em média, por 4 estampilhas. Embora ligeiramente mais comedida, a proporção do Deutsche Post faz, também, grande diferença: em 1973 emitiram 20 séries; em 2008, foram emitidas nada menos de 50 séries...

(Em imagem, o último número do Postfrisch, revista que os Correios alemães editam para os filatelistas.)

2 comentários:

  1. Os selos hoje são quase só produzidos para os filatelistas (e para alimentar as temáticas) mais do que para prestarem uma homenagem ou fazerem a sua função: pagamento de um serviço. Hoje o correio normal (ou dito normal) está reduzido a uns 7 a 10% do valor de 1970. A difusão das comunicações mais fáceis: telemóvel, Internet, Facebook, blogs, etc. praticamente acabou com o correio noticioso. Hoje chegam contas (e cada vez menos), publicidade (cada vez menos) e transporte de pequenos objetos (em especial compras na net) mas na sua maioria não trazem selos... Ao lado disto começou a emissão (ao gosto e a pedido do cliente) de pequenos festejos e temos quase todos os dias emissões de selos para festejar o meu.... A galinha vai morrendo.

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  2. Obrigado pelos elementos concretos que carreou para melhor explicar a triste situação.
    Foi por estas e por outras que deixei de comprar selos novos, a partir de 1982...
    O período clássico (grosso modo: ...1853 a 1900) chega-me bem e continua a ser, para mim, uma constante fonte de interesse e entusiasmo.

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