A leitura de A Cidade das Palavras, de Alberto Manguel, levou-me a destacar e sublinhar este pequeno extracto: "Por muito que lamentemos o facto, a linguagem escrita, quando surgiu há mais de cinco mil anos, não foi criação de poetas, mas de contabilistas. Viu a existência por razões económicas, para registar existência de factos: possessões, transacções comerciais, acordos de compra e venda." (pg. 65)
Esta afirmação, realmente, encontra suporte, por exemplo, nos considerados mais antigos textos em língua portuguesa, referidos por Ivo Castro (Introdução à Historia do Português) que, baseando-se nos trabalhos de Lindley Cintra e Avelino de J. Costa, aponta:
- Notícia de Fiadores
- Notícia de Fiadores
- Notícia de Torto (c. 1214)
- Testamento de D. Afonso II (datado de 27 de Junho de 1214)
- Auto de Partilhas
- Testamento de Elvira Sanches,
todos eles conservados na Torre do Tombo, e que tratam, maioritariamente, de sucessões e transmissões de bens.
Nunca tinha reparado neste facto, mas é verdade. Interessante. Bom dia!
ResponderEliminarÉ uma evidência, mas só depois de sabermos ou no-lo dizerem.
EliminarBom dia!