terça-feira, 29 de julho de 2014

Eugénio na BPP


Na Biblioteca Pública do Porto, ao Jardim de S. Lázaro, bem próximo, aliás, da casa que foi a sua mais longa residência (R. Duque de Palmela, 111), encontra-se patente, na Sala de leitura dos Reservados, uma pequena, mas bem organizada, exposição evocativa sobre Eugénio de Andrade (1923-2005).
Do raríssimo "Narciso", seu primeiro livro (renegado, mais tarde) ainda subscrito pelo seu próprio nome (José Fontinhas), a cartas de Cocteau e Cernuda, passando por um vasto conjunto de fotografias do Poeta, algumas pouco conhecidas, é uma mostra que vale a pena ser vista, com atenção.
Embora o seu espólio não se encontre totalmente tratado e classificado, estou confiante que a BPP dará boa conta do recado. Ao contrário da ex-Fundação com o seu nome que se extinguiu, sem honra nem glória e que serviu apenas para dar notoriedade breve a uns quantos sujeitos de que já ninguém se lembra... Porque esses só gostavam de si, e Eugénio de Andrade foi, para eles, um mero acidente.
Dêmos a Eugénio, as últimas palavras deste poste: As cidades são como as pessoas, têm os seus segredos, e às vezes guardam-nos bem guardados. Há quem goste muito do Porto e há quem o deteste. ...

4 comentários:

  1. O Porto também tem os seus encantos; gosto das fachadas barrocas decoradas com azulejos, do rio, das pontes....

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    1. Pois é, ao Porto há que descobri-lo, ou que no-lo mostrem..:-)
      Boa noite!

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  2. Nada melhor do que algumas bibliotecas (Nacional, Porto) para preservarem os espólios. Raras são as fundações que o conseguem fazer (exceção para a Cupertino de Miranda, em Famalicão, e Mário Soares). Porque há que ter condições para conservar e tratar os papéis.

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    1. Estou inteiramente de acordo consigo, MR. E, na BMPP, até nem há muitos espólios e, por exemplo, o de António Nobre é bem pequeno. O de E. de A. creio que será grande e muito rico, de tudo.
      Agora, o que se passou com a curta vida da Fundação Eugénio de Andrade foi uma lamentável vergonha...

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