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segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Do que fui lendo por aí... 38


A Taschen é um símbolo editorial de qualidade. Quer em textos ou iconografia. De bom gosto.
Este livro de 192 páginas é dedicado ao acervo fotográfico do Museu Ludwig, de Colónia, pequeno vlume que tenho vindo a folhear e ler, parcimoniosamente, nos últimos tempos.
Escolhi as imagens e texto das páginas 54/5, consagradas a Alfred Eisenstaedt (1898-1995), fotógrafo alemão que viria a radicar-se na América, a partir de 1935. E cuja obra eu muito aprecio.



quarta-feira, 28 de agosto de 2019

1454


A data-título, acima, marca o ano do primeiro livro impresso no mundo - a Bíblia de Gutenberg.
Produzido em Mogúncia (Mainz - Alemanha), é conhecido, dos especialistas e bibliófilos, pela sigla B42 por a mancha tipográfica conter, em cada página, 42 linhas impressas.
A Taschen editou, recentemente, uma edição fac-similada do precioso volume, ao preço de 100 euros. Saíu também, há pouco, da autoria de Eric Marshall White, um volumoso estudo (465 páginas) sobre a história desse primeiro livro impresso da nossa civilização, com o título Editio Princeps.
Nele se referem várias curiosidades sobre a obra que terá tido uma tiragem inicial de 180 exemplares, dos quais, completos, estão referenciados e localizados 49 "sobreviventes". O ano de 1978 é considerado o annus mirabilis da Bíblia de Gutenberg, porque nessa data foram à praça, em leilão, 3 exemplares do livro, dois dos quais foram adquiridos por bibliotecas alemãs.
O preço máximo atingido pela obra foi de 5,39 milhões de dólares, em 1987. O lance final pertenceu à  universidade Keio de Tóquio que, provavelmente, é a única instituição oriental a possuir uma edição original da famosa Bíblia de Gutenberg.

Nota pessoal: consegui introduzir a imagem no poste, mas através de outro computador e de Lisboa. Será que o boiocote do inefável e marcano Google se destina só à região outrabandista?

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Apontamento 120: Livros e Imagens - a propósito dos 550 anos do falecimento de Johannes Gutenberg

Por vezes, sucede que as leituras e as investigações proporcionam uma vontade quase imediata de partilha, tanto pelo interesse na matéria abordada como pela beleza das imagens, assim acontece com o livro que se apresenta a seguir.




Um comentário de Stephan Füssel, professor na Universidade de Gutenberg e da Sociedade Internacional de Gutenberg, acompanha a edição fac-similada da Biblia, chamada B 42, impressa em 1454 na cidade de Mainz, por Johannes Gutenberg, o tipógrafo Peter Schöffer e com o apoio financeiro de Joahnnes Fust. A designação de B 42 deve-se ao facto de os fólios da Biblia, latina, terem sido impressos com 42 linhas, como se pode verificar pela seguinte imagem.



Bíblia, latina,B 42 - Biblioteca do Estado e Universitária de Gotinga, Signatur: 2¡ Bibl. I, 5955 Inc. Rara Cim.

A edição fac-similada do exemplar de Gotinga inclui, entre outros documentos, um livro dedicado às cores e formas das iluminuras que embelezam os vários fólios, designado como Livro de Modelo de Gotinga.



Göttinger Musterbuch. Pergamenthandschrift, um 1450. Signatur: 8¡ Cod. Ms. Uff. 51 Cim.

O manuscrito acima identificado é considerado como um dos possíveis exemplares sobreviventes de livros deste género que serviram de modelo aos artífices de iluminuras que, após a impressão, preenchiam os fólios conforme os hábitos da sua oficina e, frequentemente, ao gosto do proprietário. Resta acrescentar que foram diversos artífices que intervieram nos ca. 180 impressos desta Biblia, o que explica as variantes na apresentação final dos exemplares.



Os fólios 10v e 11r  apresentam umas folhas de acanto semelhantes à iluminura do fólio da Biblia acima reproduzido, razão pela qual se assume que o exemplar da Biblioteca de Gotinga tenha sido iluminado pelos mesmos artífices e na mesma oficina que elaborou o Livro de Modelo.

Termina-se com uma página que explica a divisão do círculo com o objectivo de exemplificar a constituição e a receita para a feitura e o preenchimento das cores.



Remetem-se os interessados para a consulta da página na internet – www.gutenbergdigital.de – lamentando que os estudos sobre a História da Livro, editados no Centro de Europa, ignorem frequentemente as investigações congéneres de países do Sul, nomeadamente de Espanha e de Portugal.

Post de HMJ