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quarta-feira, 19 de julho de 2017

As palavras do dia (29)


Do editorial de Stig Abell, no último TLS (nº 5963), a propósito de algumas vicissitudes que têm ensombrado a Inglaterra, destaco, em tradução despreocupada, o seu início, em que é feita uma crítica ao desempenho dos mídia. Assim:

Há um calculismo cruel inerente ao jornalismo: quanto pior é o acontecimento, melhor a história se torna. Boas notícias não são notícia. ...

Ao ler isto, relembrei-me da decepção estampada no rosto de uma jornalista da Sic-Notícias, aquando do incêndio em Pedrógão Grande, quando lhe afirmaram que não tinha caído nenhum avião Canadair, em Ouzenda. E ela insistia, qual menina mimada, caprichosa, teimosamente. Pobrezita!...

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Desabafo (20)


Quando, às vezes, vejo alguma "Quadratura do Círculo", na televisão, tal como ontem, vêm-me à lembrança, embora noutro registo, mais ligeiro, os "Gato Fedorento". Porque, para lá de Pacheco Pereira, no primeiro, e de Ricardo Araújo Pereira no outro programa televisivo, os restantes intervenientes ou personagens figurantes estão por lá como mera paisagem, ou naturezas mortas. Quero eu dizer, ou em linguagem chula: são os chamados verbos de encher. Que dizem as mais banalérrimas coisas e não têm uma única ideia original. Nestes casos, mesmo cristianissimamente, falta-me, de todo, a pachorra para os ouvir, a debitar banalidades parvas...

terça-feira, 5 de abril de 2016

As palavras do dia (21)


"As off-shores são o cano roto do capitalismo."

Jerónimo de Sousa à Sic-Notícias (5/4/16).


P.S. 1: o cidadão comum terá tendência, depois da revelação dos Panama Papers, para pensar que o mundo está a ser governado por um bando de gatunos.
P.S. 2: vamos a ver quantos dos impolutos cidadãos portugueses, arautos da moralidade a todo o transe, estarão nas listas dos Panama Papers...
P.S. 3: todas estas notícias serão óptimas para a venda de periódicos e para a abertura dos telejornais. Mas serão péssimas para a saúde da Democracia. 

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Glosa (6)


Domingo. No tempo em que eu ia à missa, e já começara a pensar, embora impreparadamente, apreciava bastante aqueles oficiantes (raros, aliás) que, depois da leitura do Evangelho, glosavam de forma inteligente e clara aquilo que tinham acabado de ler para os paroquianos, através de uma interpretação pessoal comentada. A grande maioria dos padres, no entanto, limitava-se a reproduzir a história do Evangelho, de forma canhestra, vacilante, como que num eco desfasado e paupérrimo de palavras banais. O que me dava um grande tédio, quando não, bocejo e sono...
Há dias, e durante cerca de 25 minutos, na SIC-notícias, a propósito do recente terramoto de Taiwan, uma inepta e verborreica jornalista tentava, por palavras, comentar as parcas e repetitivas imagens que iam aparecendo no ecrã sobre a tragédia. O que ela dizia não ultrapassava, em nada, o que íamos vendo, porque decerto não sabia chinês, nem lho traduziam para ela poder acrescentar um pouco mais de explicação a essas imagens que, continuamente, iam passando no ecrã. Repetiu, assim, as mesmas banalidades umas quatro ou cinco vezes, num péssimo trabalho jornalístico.
Mas não é caso único. Já me habituei, também, a que depois de um corriqueiro discurso político (do PR, por exemplo) o(a) inefável jornalista de serviço, imediatamente e durante quase outro tanto tempo, comece logo a debitar em sotto voce, como que a explicar aos palermas dos telespectadores, as sábias palavras da mensagem política ouvida. Tudo isto me provoca um inenarrável tédio e uma cansada irritação.
Para não falar da multidão de comentadores minorcas que pululam por aí e que glosam dias e dias, interminavelmente, aquilo que vai acontecendo (política, futebol...) numa linguagem de pau seco e num eco de plágio sistemático que, mesmo muito espremido, não traz sequer uma ideia nova ou uma única achega original. Será que isto nunca mais muda? Será que esta gente não tem um mínimo de sentido crítico?

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Para passar o tempo


À falta de melhor, às 22h00, sintonizarei a Sic-Notícias, para ouvir algumas das nossas habituais sumidades discretearem sobre as virtudes e defeitos do Orçamento de Estado para 2015. Lá estarão, para o debate, João Salgueiro, Octávio Teixeira e outros. Só não percebi porque não convidaram também a alquebrada e sage economista Teodora Cardoso. Mistérios...
Suprema ironia: a troca de ideias terá lugar nas instalações da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, à rua da Escola Politécnica. Terá sido num assomo de Humanidades (não esquecer Sampaio: "há mais vida, para além do défice"), ou foi para ter o Diário da República mais à mão? Mais um mistério. Se calhar  foi o novel comissário europeu Tostões que sugeriu o local...