Tentado inicialmente pelo impressionismo e pelo expressionismo, o pintor belga Paul Delvaux (1897-1994) viria a integrar mais tarde, em definitivo, a escola do surrealismo, também partilhada pelo seu compatriota coevo René Magritte, que integrava, de algum modo, um certo tipo de humor, nas suas obras. Delvaux introduz algumas notas de subtil dramatismo, mas também mistério que me fazem lembrar alguns quadros de Giorgio Chirico.
Uma visita a Itália, em 1939, deixou marcas na sua estética e também em cenários arquitectónicos que, por vezes, surpreendemos nas suas telas. Concluímos a reprodução de pinturas de Delvaux com As fases da Lua (1942) e A Retirada (1973). Afectado por problemas de visão, o artista deixou de pintar em 1986.