Embora não seja esquisito nos utensílios de escrita, há coisas e matérias em que uso, exclusivamente, caneta de tinta permanente para as expressar no papel branco. Será talvez uma bizantinice tradicional e desusada, mas é também uma forma de dar uma importância especial a alguns conteúdos. Criar-lhes um ritual apropriado e conveniente.
Noutros casos do quotidiano, não faço questão de usar cargas e embalagens de blister, que abundam nas grandes superfícies, para encher outros dos meus apetrechos de escrita. Para fazer o sudoku e as palavras cruzadas não me importo sequer de usar uma banal esferográfica. O lápis já muito raramente o uso para o que quer que seja. Feitios...
Pois ontem, ao encher a minha caneta de tinta permanente, constatei que o meu tinteiro Parker estava quase no fim. Fiquei preocupado, embora não tanto quanto alguns automobilistas com a greve do passarão e seus acólitos, aqui há dias.
Hoje, pus-me em campo. Primeiro, nas grandes superfícies: nada!, só cargas e recargas em blisters. Depois na Staples, o mesmo. Até havia umas meninas que não sabiam o que era um tinteiro de tinta permanente... embora tivessem umas longuíssimas unhas de gel (para tocar guitarra?). Na minha tabacaria-quiosque quotidiano, o Ricardo penalizou-se por ter vendido o último tinteiro, há muito, e como não havia procura, não se reabasteceream.
Resta-me um loja na esquina do Rossio e a Papelaria Fernandes, como últimas soluções possíveis.
E, se tiverem, prometo, para me prevenir, que, desta vez, vou atestar o depósito!