quinta-feira, 27 de maio de 2010

Voltar a Cioran, por coerência e humildade



"Sabendo o que sei eu não devia correr o risco de nenhuma surpresa. Mas o perigo existe, que digo eu?, ele é quotidiano. Essa a minha fraqueza. Que vergonha em relação à verdade, o facto de poder ser ainda ultrapassado, ou desiludido!"

E. M. Cioran (1911-1995).

7 comentários:

  1. Difícil é recolocar todas as palavras
    de outro modo.Ou reflectir
    a noite.

    Parabéns, Alberto

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  2. A ser verdade a autoria da quadra que se segue, D. João V foi um surrealista "avant la lettre", ou, pelo menos, serve-me o intento:
    "Flor da murta,
    raminho de freixo,
    deixar de te amar
    é que eu não deixo."

    Nota:a Cioran ou se acrescentam coisas sublimes ou, então,muito disparatadas.Tudo depende da intenção ou possibilidades. O meio termo está condenado, à partida.E, já agora, o que desejo aos meus melhores amigos: Que tenham tido infâncias felizes.

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  3. Obrigado,c.a.,pela solidariedade de um sorriso.

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  4. Estou solidário, sim, na fraqueza quotidiana de querer estar vivo. [Penso que será isso, ou terei lido mal o Cioran?]

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  5. Òscar Lopes, quando celebraram os seus 70 anos, disse: “Não me estraguem com mimos”.
    E, apesar da idade, sabendo o que sabia, correu o risco da surpresa.
    Que o perigo ( a eventualidade ) existe e pode ser quotidiano...
    “Que vergonha (acanhamento, enleio)... poder ainda ser ultrapassado (surpreendido, haver quem surpreenda...),ou desiludido!
    Paralelamente a APS, aos meus amigos desejo matura idades felizes.

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