Antes que Seja Tarde Amigo, tu que choras uma angústia qualquer e falas de coisas mansas como o luar e paradas como as águas de um lago adormecido, acorda! Deixa de vez as margens do regato solitário onde te miras como se fosses a tua namorada. Abandona o jardim sem flores desse país inventado onde tu és o único habitante. Deixa os desejos sem rumo de barco ao deus-dará e esse ar de renúncia às coisas do mundo. Acorda, amigo, liberta-te dessa paz podre de milagre que existe apenas na tua imaginação. Abre os olhos e olha, abre os braços e luta! Amigo, antes da morte vir nasce de vez para a vida.
Antes que Seja Tarde
ResponderEliminarAmigo,
tu que choras uma angústia qualquer
e falas de coisas mansas como o luar
e paradas
como as águas de um lago adormecido,
acorda!
Deixa de vez
as margens do regato solitário
onde te miras
como se fosses a tua namorada.
Abandona o jardim sem flores
desse país inventado
onde tu és o único habitante.
Deixa os desejos sem rumo
de barco ao deus-dará
e esse ar de renúncia
às coisas do mundo.
Acorda, amigo,
liberta-te dessa paz podre de milagre
que existe
apenas na tua imaginação.
Abre os olhos e olha,
abre os braços e luta!
Amigo,
antes da morte vir
nasce de vez para a vida.
Manuel da Fonseca, in "Poemas Dispersos
Também desconhecia este Biber. E adorei! Vou procurar um disco dele. Obrigada!
ResponderEliminarE já há muito tempo que não li o Manuel da Fonseca.
São, também, notáveis as inovações criativas de Biber, nesta peça musical.
ResponderEliminarJá há muito tempo que não vinha a este blogue, mas estou a gostar imenso. Parabéns!
ResponderEliminarBela música, esta de Biber!
Obrigado, Miss Tolstoi.
ResponderEliminarEsqueci-me que este Biber é o das Sonatas do Rosário, que tenho e de que gosto. Ontem quando fui procurar cd's dele... é que vi. Estou louca de todo!
ResponderEliminarNão está nada, MR. Com livros já me tem acontecido o mesmo...
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