domingo, 16 de maio de 2010

Antonio Machado/ Patxi Andión/ Baltasar Garzón

Porque os cogumelos venenosos do franquismo, às vezes, voltam à tona.

4 comentários:

  1. Para um Amigo Tenho Sempre
    Para um amigo tenho sempre um relógio
    esquecido em qualquer fundo de algibeira.
    Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
    São restos de tabaco e de ternura rápida.
    É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
    É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.

    António Ramos Rosa, in "Viagem Através de uma Nebulosa"

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  2. como teremos saudades
    daquilo que não vivemos?
    como sabemos por dentro
    que outros viveres são tão nossos
    ainda que os não lembremos ?


    Gostei muito.Comoveu.

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  3. Fantástico! Adoro Antonio Machado e os seus Cantares e provérbios... Patxi Andion faz parte da minha juventude. E não só.

    E aqui fica o mais "batido" poema de Machado:
    CAMINANTE
    Caminante, son tus huellas
    el camino, y nada más;
    caminante, no hay camino,
    se hace camino al andar.
    Al andar se hace camino,
    y al volver la vista atrás
    se ve la senda que nunca
    se ha de volver a pisar.
    Caminante, no hay camino,
    sino estelas en la mar.

    Todos três haceran «camino al andar».

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  4. Muito grato pelas achegas enriquecedoras de MR e Luís.

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