São pouco frequentes os folhetos à venda em alfarrabistas ou leilões, quer sejam de poesia, sermões ou de assuntos variados como os de José Daniel Rodrigues da Costa. A fragilidade das suas poucas páginas, a má qualidade do papel (habitual) e a erosão do tempo são, de algum modo, os principais responsáveis pela sua perda. Mas eram estimados e Almeida Garrett fala deles, dizendo que também eram vendidos pelos cegos, no início do séc. XIX, nas cercanias da Baixa lisboeta. Muitas vezes, os folhetos eram encadernados em "Miscelâneas" de assuntos diversos e, em leilões, bibliotecas e alfarrabistas, assim ainda apareciam agrupados. Mas também acontece, sobretudo a partir do séc. XX, serem as miscelâneas desencadernadas para os vendedores melhor lucrarem com a sua venda, em separado.
Os folhetos custavam, em média, Esc. 5.000$00 (cca. euros 25,00), mas hoje estarão mais caros, porventura. Dependendo o preço, também, do autor da obra. O folheto que ora se apresenta, "Egloga de Florencio, e de Liberata", de 1759, é de autoria de Caetano Araújo Lasso que Inocêncio diz ser "poeta bucólico hoje desconhecido" (Tomo II, 5) e ter mais uma composição impressa. Tem o folheto, no entanto, uma carta introdutória de João Xavier de Matos, que é interessante.
Gosto imenso dos folhetos de José Daniel Rodrigues da Costa. "Desopilam" a mente...
ResponderEliminarVou ver se encontro na net o quadro do vendedor de folhinhas que existe na BNP. Se sim, colocá-lo-ei no meu "sítio do costume". :)
Bom dia!
Bom dia, MR!
ResponderEliminarTenho algumas coisas de J.D.R. da Costa, e vou pô-las em prioridade amiga, especialmente,para si.
A. S.
gosto, gosto, gosto... sempre de aprender!
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