Se é verdade que os jornais, hoje em dia, não dispensam as crónicas gastronómicas e enológicas, não é menos verdade que a digna e utilíssima profissão de Revisor, é arte em vias de extinção. Com os resultados negativos inerentes. Por isso os jornais (e os livros, também) estão juncados de gralhas e erros, às vezes, clamorosos e ridículos. Aqui vai um exemplo bem recente surgido no suplemento Fugas do jornal Público, de ontem.
Como se pode ver na imagem, estava em causa apreciar e dar nota, em estrelas, ao vinho Quinta do Gradil - Viosinho 2011. Ora, a casta Viosinho, predominante na região demarcada do Douro, mas também existente noutras regiões, destina-se e é usada nos vinhos brancos, e só. No texto valorativo, o nome do vinho, a apreciação e a imagem estão correctos. E correspondem, entre si.
Mas eis que, na composição do lote e castas respectivas do referido vinho, consta este dislate de bradar aos céus: Aragonez, Touriga Nacional e Sirah!!! Castas, todas elas de vinho tinto. Não lembraria ao diabo tal passe de mágica...
E no jornal de hoje, na rubrica "o Público errou", aos costumes, dizem nada. Pois é, querem poupar nos revisores e, depois, é isto...
Estas poupanças são uma lástima. Então, nos jornais!...
ResponderEliminarEm nome da austeridade também se assassina a Cultura e a Língua..:-((
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