Este "Dicionário de Ideias Feitas", de Gustave Flaubert (1821-1880), que foi traduzido por João da Fonseca Amaral, para a Editorial Estampa, em 1974, com ilustrações interessantes de Martim Avilez, lê-se desportiva e alegremente.
Se não tem a graciosidade castelhana imaginosa e lírica, por vezes, das Greguerías de Gómez de la Serna, possui um humor prosaico, muito gaulês, que também me agrada. Por isso, aqui vão transcritas algumas definições de Flaubert:
Academia Francesa - Denegri-la, mas, se possível, tudo fazer para ser nela admitido.
Alabastro - Serve para descrever as mais belas partes femininas.
Alcorão - Livro de Maomé onde só se fala de mulheres.
Alho - Mata os vermes intestinais e dispõe para os combates do amor. Esfregaram com eles os lábios de Henrique IV, quando este veio ao mundo.
Almoço (de rapazes) - Exige ostras, vinho branco e anedotas picantes.
Arte - Leva ao hospital. Para que serve, se pode ser substituída pela mecânica, que faz melhor e mais depressa?
Promete.
ResponderEliminarTenho uma ideia deste livro. É da col. da capa preta?
Exactamente, MR, o nº24. Irei postando, gradualmente, uma selecção pessoal.
ResponderEliminarBoa noite!