Tuas pernas eram finas e teus peitos pequenos...
todo o teu encanto nos olhos sombrios
os teus cabelos longos de luto me envolviam
em cascata amena sobre o campo triste.
Abraçados a mim, teus braços de menina,
de mate moreno, palidamente tíbios
como talos de rosa, retinham-me a alma
para que respirasse teu aroma divino...
A carne não foi gala daquele amor sem tédio...
a tua nudez suave era só um motivo
para que nossas almas imensas, mas leves,
se perdessem, sonhando, nos seus dois infinitos.
J. R. Jimenez, in Libros Ineditos de Poesia 1 (pg. 49).
Na minha ideia, a juventude, natural e instintivamente, acerta muitas vezes. A maturidade retoca, tantas vezes, com erros...
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