Os gostos de cada geração são, na sua quase totalidade, intransmissíveis. O revivalismo ocorre, por norma, na terceira geração, afastado o crivo freudiano da morte dos pais. Mas, às vezes, aos 40, há um arrependimento da recusa e, se formos humildes e atentos, tentaremos perceber por que é que os nossos pais "gostaram daquilo".
Penso, muito sinceramente, que é inútil tentar vender, aos nossos filhos, os nossos gostos. Mas há, por aqui, também, uma certa justiça de equilíbrio (que parece divina), porque nem sempre gostamos daquilo que os nossos filhos preferem. Quando muito, fazemos um esforço para condescender. E aceitar. Até porque as suas escolhas, muitas vezes, têm critérios. Tão válidos, como foram os nossos.
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