domingo, 9 de setembro de 2012

Agricultura


Contrariando uma certa vivência citadina e o abastecimento em "grandes superfícies" com fruta e legumes sem sabor, procuramos, cá por casa, valorizar essas "raízes à terra" e comentamos, frequentemente, os efeitos do clima sobre a agricultura e o preço, por vezes ridículo, dos produtos, se atendermos ao esforço em cultivá-los.
Por relações de amizade e de estima entram-nos pela casa, com grande generosidade, produtos que levaram tempo, saber e trabalho a plantar e colher. Partilhamos, também, o desalento quando, ao fim de tanto esforço, a terra e o clima não premeiam o agricultor. São as maçãs e as batatas "bichadas", o calor e a falta de água que "não puxou" pelo fruto ou estraga, antes do tempo, a desejada colheita.
Depois das abóboras e das maçãs do Oeste, veio, entre outras, uma caixa de tomates dos lados de Constância.


O tempo, "esse grande escultor" em matéria petrificada, é, no entanto, implacável quanto à matéria viva. Mais uns dias e ca. de 20 kg. de tomates - de sabor belíssimo - acabavam no contentor do lixo. Perante tanta profusão de "pomos de ouro", o que fazer ? Consultar os canhenhos e meter mãos à obra !
E foi assim que nasceram frascos de doce de tomate, massa - ou concentrado - de tomate e, ainda, houve a tentativa de substituir o "ketchup industrial" por uma vertente caseira com a correspondente "canseira".
Numa próxima refeição, com esparguete "à bolonhesa", saber-se-á se o esforço caseiro conseguiu, devidamente, compensar o trabalho insano do agricultor.
Nota final: A mercadoria espiritual da oficina "Olex" prolongou-se, assim e criativamente, numa transformação  de mercadoria material.

Post de HMJ, dedicado aos benfeitores

2 comentários: