quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A Europa e o desemprego


 Há algumas semanas li, com particular atenção e crescente preocupação, um excelente artigo de António Guerreiro, muitíssimo bem fundamentado, no jornal Expresso. A tese defendida e a conclusão a tirar era que, de futuro, no Mundo e sobretudo na Europa, cada vez haveria menos empregos e cada vez mais desemprego. E os números oficiais aí estão a confirmar a afirmação, principalmente, aplicada aos jovens, até aos 25 anos. Em relação a alguns países europeus, é esta a percentagem do desemprego entre os jovens:
Espanha - 53,27%
Grécia - 51%
Itália - 36,2%
Portugal - 35,54%
Irlanda - 28,5%
França - 25%.
Entretanto, há fenómenos migratórios estranhos. Por exemplo, muitos filhos de emigrantes turcos, em França, estão a regressar à Turquia, onde parece terem mais facilidade em arranjar trabalho. A Espanha, em 2011, registou um saldo migratório negativo de cerca de 100.000 pessoas - situação que já não acontecia há muito tempo. Neste mesmo ano, o Brasil registou uma entrada recorde de 50.000 portugueses.
Recusando um futuro aos jovens, a Europa envelhece e empobrece, perdendo, na maior parte dos casos, os mais jovens e os melhores de que necessitaria para se revitalizar. Mas quando são os próprios governantes a convidá-los a sair, o que é que poderíamos esperar?

2 comentários:

  1. Noticia assustadora.
    Por estas e outras razões é que eu acho que a idade de esperança de vida vai baixar.

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  2. Na verdade. E há, em volta, um determinismo fatalista que só pode criar uma visão muito pessimista do futuro.

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