quarta-feira, 2 de julho de 2014

De um conselho (poético) de Manoel de Barros


O sentido normal das palavras não faz bem ao poema.
Há que se dar um gosto incasto aos termos.
Haver com eles um relacionamento voluptuoso.
Talvez corrompê-los até à quimera.
Escurecer as relações entre os termos em vez de aclará-los.
Não existir mais rei nem regências.
Uma certa liberdade com a luxúria convém.

Manoel de Barros, in O guardador de Águas.

5 comentários:

  1. E é também o que distingue um Poeta, de um fazedor de versos...
    Bom dia!

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  2. Também aqui está este poema...
    De certeza que eu já o tinha lido, mas não foi uma cópia consciente...

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    1. Esteja à vontade, Isabel, o poste não tem direitos de autor..:-)

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