Enquanto importamos alhos da China, tomates e morangos de Espanha e, até, re-importamos álvaros do Canadá, vamos, alegremente, exportando engenheiros para a Alemanha, investigadores para os E. U. A. e, até mesmo, um precioso Crivelli para França. Deve ser, por isso, que as nossas exportações estão em alta...
O jornal Público noticiava, ontem, que um quadro ("A Virgem e o Menino") importante de Carlo Crivelli (ca. 1430-1495), pintor italiano da Renascença, de curta obra mas significativa, que se encontrava, há muito, em Portugal, ia ser vendido em França, com base numa estimativa de 3 milhões de euros.
O anterior, grande agente de cultura do Governo Português tinha, mesmo contra o parecer da DGPC, derrogado as protecções legais que impediam a saída desta obra de Portugal. O, ainda, proprietário do quadro, empresário Pais do Amaral deve ter agradecido, reconhecidamente...
Divulgado o facto, o actual e pequenino agente de cultura deste Governo - soube-se, hoje, também pelo jornal Público - "pediu informações" adicionais, aos Serviços, sobre o processo que levou à saída desta obra de Arte, para o estrangeiro. Não fora o jornal e o caso passaria em branco, bem como o negócio, em escuro.
Uma pena, se este quadro sair de Portugal...Tão bonito! E uma peça valiosa...
ResponderEliminarPercebe-se o que lá esteve a fazer o Viegas: não foi trabalho, foram favores. Ao que consta, favores com favores se pagam.
ResponderEliminarUma vergonha, num assunto destes, o SEC ir contra os pareceres dos técnicos do DGPC.
Creio que a denúncia do jornal Público já não virá a tempo, Sandra. Infelizmente.
ResponderEliminarNão é só o ex-agente veigas, o policiarista, mas quase todos estes senhoritos do Governo que estão a vender o nosso presente para comprar o seu futurozinho de mordomias. Estão-se a governar, antecipadamente.
ResponderEliminarAliás, o veigas nunca me inspirou confiança...
Sinto-me tão indignada com esta notícia que também li ontem no Público!
ResponderEliminarCom estes senhores, nada está seguro, nada está garantido neste país, a não ser o empobrecimento geral e as negociatas e compadrios que enchem os bolsos de alguns...
Às apetece ficar a um canto, como num poema de Gedeão (por outras razões) e não ver, não saber, não ouvir notícias...porque a única que vai crescendo muito é a raiva. Já nem é a esperança.
ResponderEliminarErrata:
ResponderEliminarno início do re-comentário anterior deverá ler-se - Às vezes, apetece...