O recente texto, de António Guerreiro, publicado na ípsilon de 21.6.2013, eleva-nos a um patamar do prazer estético que se alia, na perfeição, ao primado ético e moral da escrita.
O equilíbrio entre o saber pensar e saber escrever, cada vez mais raro, provoca, merecidamente, a admiração do leitor. Ou como diria um amigo meu, com exclamação: Caramba, gostava de ter escrito um texto assim !
António Guerreiro dispensa, certamente, a publicidade, porque ele impõe-se pelo exercício nobre da escrita.
Post de HMJ
Um texto admirável de António Guerreiro!
ResponderEliminarEu, que senti na pele toda esta transformação no estatuto do professor e que estou inteiramente de acordo com o que este homem aqui escreve nunca o teria conseguido dizer duma maneira tão clara e lúcida.
Foi sobretudo esta mudança de estatuto, que se foi agudizando cada vez mais, que me fez dizer basta e sair antecipadamente.
Sempre entendi que um professor, sendo um trabalhador intelectual (não o burocrata que pretendem fazer dele) é um autor, um criativo na forma como prepara e dá as suas aulas, como leva os alunos a aprender, a crescer como seres pensantes... e para isso o seu tempo não pode ser o das 9 às 5(nos tempos que correm é muitas vezes esse e muito mais!)
Mesmo nas horas livres, quando se informa, quando lê, quando assiste a espetáculos ou vai a museus está a construir uma bagagem pessoal que inevitavelmente reverterá a favor dos seus alunos, tudo isso fará dele um melhor profissional. É também isso que lhe dá a autoridade... que deixou de lhe ser reconhecida. Parece que para mal do ensino e do país pouca gente quer entender as particularidades da função de professor.
Desculpe o longo desabafo mas este texto tocou no que é para mim um ponto sensível.
Tenha uma boa noite!
Para Maria A:
ResponderEliminarPois, o texto resume o essencial e explica a saída antecipada de muitos professores, porventura dos melhores.