quinta-feira, 27 de junho de 2013

Ambiente: da levada suburbana, até ao Oceano


Ao atravessar a frágil ponte, sobre a levada outrabandista, olho para baixo, para o estreito fio de água apodrecida que ainda corre, quase bloqueado por latas de refrigerantes, embalagens plásticas, sacos sujos, dejectos e detritos.
A meio do Oceano Pacífico, numa região equidistante, entre Los Angeles e o Hawai, a que chamam o 7º continente, seis vezes superior ao espaço geográfico da França, toda a área marítima está ocupada por sacos de plástico e coisas como as que referi no primeiro parágrafo. É uma espécie de monturo marítimo do mundo mais alarve, egoísta e ignorante.
Não há peixes nesse espaço, as aves já nem sequer sobrevoam a superfície dessas águas e só lá existe um plâncton ralo e nocivo que, mesmo assim, constitui apenas 1/5 do lixo hediondo que o rodeia.
Hoje, por aqui me fico...

8 comentários:

  1. É uma tristeza.
    É tão difícil mudar mentalidades!

    Boa noite!

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  2. Só à força, Isabel, mas não com ditaduras, nem repressão. Mas quem fez isto, na levada que referi, deveria ser obrigado coerciva e civicamente, a repor o asseio pré-existente, através da limpeza braçal obrigatória. Caso a caso, seria, talvez, uma solução.
    Boa noite!

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  3. É das situações que mais me revolta e também sou a favor do que propõe. Às vezes, quando vejo os adolescentes a atirarem tudo para o chão ou para dentro dos autocarros, apetece-me dizer "Olha, agora vais passar uma noite ao xelindró." Ontem à noite, quando li este post, devo dizer que fiquei tão irritada, que nem comentei. Passei directamente para os posts de poesia. Estou a gostar do J. R. Jimenez. :-) A minha lista de livros a comprar em Portugal está a crescer. :-)
    Bom dia! :-)

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  4. Não tem valido de nada o tempo gasto, pelos professores, a explicar aos jovens a importância do Ambiente. Até porque a levada fica próxima de uma Escola...
    Ainda bem que que a Sandra está a gostar de J. R. J. . Já agora chamo-lhe a atenção para uma obra em prosa dele: "Platero e eu". Há uma edição da Livros do Brasil, ilustrada (Bernardo Marques?).

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  5. Para mim, é incompreensível. Mas há uma grande falta de caixotes de lixo, em Lisboa, o que também ajuda à porcaria que se vê pelas ruas.
    Há dias, um amigo meu, que vive na Expo, disse-me que aquela zona de Lisboa é onde se verifica a menor taxa de separação de lixos para reciclagem. Incrível!...

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  6. Vou ver, obrigada. Quero voltar a ler poesia em voz alta (com hipotiroidismo, às vezes torna-se difícil - quem me viu e quem me vê) e conhecer novos autores de prosa e poesia. Também tenho que arranjar espaço para mais livros. Já estou a tratar disso. :-) Mais uma vez, obrigada.

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  7. Mesmo com caixotes e contentores (é o caso, por aqui), não basta. Há sempre lixo no exterior, MR, por preguiça de desfazer embalagens, ou desleixo absoluto.

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  8. Avante!
    E não tem de quê, Sandra.

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