Os tempos cinzentos, na sua acepção mais integral, têm aguçado o engenho e humor dos portugueses, nestes últimos dois anos de desgoverno e empobrecimento. Valha-nos, ao menos, isso! A não ser assim, era só choro e ranger de dentes. Ainda hoje vi, no placard de entrada do meu prédio, um daqueles formatados, reconhecíveis e sugestivamente ameaçadores envelopes das Finanças, para ser devolvido, a quem alguém acrescentou, a caneta de feltro azul, a seguinte indicação manuscrita, para o carteiro: "Já não mora aqui! Está em Cabo Verde - vive em paz!..."
Quando vejo alguma coisa desproporcionada para a idade de quem a pratica, costumo pensar ou, até, dizer: "- Eu tive uma infância feliz!" Querendo com isso significar que brinquei com os brinquedos próprios, na idade certa (ou, pelo menos, tive essa sorte). Mas também li os livros infantis, na infância, e vi os filmes de Disney, quando era criança. Hoje, não tenho pachorra para os voltar a ver. Mas admito e compreendo que ainda haja adultos que delirem com BD, ou gostem de ver, pela enésima vez, o "Música no Coração" ou "A Gata Borralheira".
Eu próprio não estarei isento de tentações. E entusiasmei-me recentemente por um Pedómetro, oferecido por um bom Amigo, no meu aniversário. Colocado à cintura, o aparelhómetro, depois de regulado, permite-me saber, com precisão, ao fim do dia, as calorias que gastei, os quilómetros que percorri a pé, e os passos que dei. É um brinquedo fabuloso! Mesmo agora, às 9h58, constato, surpreendido como uma criança maravilhada, que já dei 1.179 passos. É obra!...
Gosto muito e andar. Há anos ofereceram-me um, mas nunca o consegui usar. Parece que não se pode parar. Ora eu gosto de andar, mas vou parando para ver uma montra, um prédio, etc.
ResponderEliminarBom dia!
Por aqui o dia está bastante tristonho, embora menos frio que ontem.
ResponderEliminarJá fui tomar o meu café dominical. :)
E continuamos nisto...
ResponderEliminarNunca mais há eleições metereológicas!
Uma boa tarde de domingo, com um bocadinho de sol.
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ResponderEliminarAinda me ri, com a nota na carta das finanças!
ResponderEliminarGostei deste texto.
Um aparelhómetro desses não tenho, mas...confesso: ainda há dias vi o "Feiticeiro de Oz" com os meus alunos e adorei!
Este ano parece que não vamos ter Verão!
Boa noite!
Pois é, Isabel, isto está quase tudo muito macambúzio...
ResponderEliminarBoa noite!
Que interessante! Gostava de ter um aparelho desses. Para as minhas caminhadas, dar-me-ia muito jeito.
ResponderEliminarMuitos Parabéns pelo seu Aniversário! Que conte muitos e com saúde! :-)
Obrigado, Sandra. Os anos já vão pesando, sobretudo pelo desencanto...
ResponderEliminarO aparelhómetro é aliciante e não é caro. Por cá, custa cerca de 10 euros.
Nada de desencantos! A vida tem coisas maravilhosas, como a Quinta do Sr Fortuna em Palmela. Nada como procurar a maravilha, nas sábias palavras do Eugénio de Andrade.:-)
ResponderEliminarQuando estava para ir para a tropa (finais de 1967) o Eugénio disse-me, em carta:"...Leia o Guimarães Rosa, talvez ajude!..."
ResponderEliminarTalvez seja altura de o reler, Sandra.