sábado, 22 de junho de 2013

Palavras de hoje


"...Nestes dias do lixo, o desprezo pelo «humano» concreto tornou-se a regra e, de uma ponta a outra do nosso mundo quotidiano, varreu-se a preocupação humanista não só da política como de muitos outros aspectos da nossa vida. A tecnologia é usada, numa sociedade cada vez mais pobre, para criar novas exclusões. Valores civilizacionais como a privacidade e a intimidade são dissolvidos na «facilidade» do Facebook. O universo público mediatizado gera uma cultura de superficialidade e ignorância presumida. Os valores não circulam numa sociedade que vive na moda e na novidade. Todas as mediações, dificilmente construidas pela luta cultural consciente dos homens para viverem sem ser na selva, estão em crise. ..."

J. Pacheco Pereira, in Humanismo, jornal Público de 22/6/2013.

6 comentários:

  1. Às vezes, sinto que não pertenço a este tempo em que vivo. Por vezes, é "uma luta" para me fazer compreender em certos aspectos, como por exemplo, porque não publico fotos minhas e dos meus no blogue, porque não tenho Twitter, porque não tenho FB (que já tive e não gostei - mais parece o Big Brother ao minuto), porque não aviso quando vou de férias ou vou publicando fotos durante as mesmas. Privacidade, intimidade e segurança são valores que prezo muito. E porque não estou no Google + e no Pinterest e mais não sei onde. Dá vontade de dizer: Get a life!

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  2. Comprei o jornal, mas nem tive tempo para o ler.

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  3. A dicotomia põe-se sempre entre discrição e exibicionismo. Mas infelizmente muita gente, que muitas vezes até nem tem nada para "mostrar", não sabe atinar com a distinção, Sandra. São como aqueles pobrezinhos que expõe as suas chagas, na via pública, para que se condoam deles. E lhe deem esmolas... No fundo, no fundo, é uma forma de pobreza mental.

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  4. Pois não perca, MR, que a crónica é excelente. E estimula a pensar.

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  5. Tempo de grandes confusões, na verdade. Quando não, de indigência mental...

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