domingo, 23 de junho de 2013

Divagações (muito dispersas, como convém ao Verão) 49


A dança aérea de cinco moscas importunas, no centro da sala interior, denuncia o Verão que também entrou pela janela. Bem como a luz cariciosa do mais longo dia do ano. Houve um tempo, em que esta fronteira de Junho acordava, de súbito, a minha melancolia.
Snowden continua a monte, e clandestino. Mas parece que a América do Sul o vai recolher, fraternalmente. Se bem me lembro, também houve um tempo em que os esbirros, das polícias políticas, eram chamados de moscas - e bem...
Vejo o papa Francisco, sorridente, na TV, com a sua bondade sul-americana,  a acariciar crianças deficientes, mas não me decido. Este novo Papa, como diz o povo," nem (me) aquenta, nem (me) arrefenta".
Que será feito de Bento XVI? Que ainda não chegou ao reino dos céus...
Tudo são modas efémeras, na venalidade mediática. Amanhã, há mais! - dizem eles.
O azul superior, visto da janela lisboeta, embora um pouco pálido, é seguro; o azul cobalto do rio, ainda é firme. E a noite vai demorar  ainda meia hora, pelo menos, até vencer a luz do dia. Um róseo singular instalou-se ameno, como se fosse ao começo da manhã.

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