Mesmo que se abram todas as janelas, ao fim da tarde, pelas seis, já não entra mais luz. Só a noite invade a casa e o rio, verde há pouco, vai-se transformando num silêncio negro, ao fundo, cercado de luzes que apenas o limitam, mas não mostram.
O vazio límpido do ar é quebrado, brevemente, por vozes cristalinas de crianças. De manhã, também foi às seis que a luz (eléctrica) se apagou na rua outrabandista, mas o dia ainda demorou a chegar. E, seriam dez horas, duas rolas atravessaram e encheram-me o olhar.
Como não têm arrulhado, ultimamente, voltei a gostar delas e de ver o seu voo, que parecia nupcial.
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