Georges Braque
Um pássaro ganha altura,
Rejeita a nudez como um véu inútil,
Porque nunca teve medo da luz,
Fechado no seu voo,
Nunca sentiu a sombra.
Cascas de colheitas crestadas pelo sol.
Todas as folhas nos bosques dizem que sim,
Elas não sabem senão dizer que sim,
Todas as perguntas, todas as respostas
E o orvalho brota deste íntimo sim.
Um homem de olhos ligeiros descreve o céu do amor.
Ele reúne as maravilhas
Como folhas de um bosque,
Como os pássaros nas suas asas
E os homens quando adormecem.
Paul Eluard, in Nouveaux Poèmes (1926).
Gostei muito, do poema e do mosaico.
ResponderEliminarPaul Éluard é um dos poetas que mais li na minha juventude.
Ainda bem, MR.
ResponderEliminarConheço um pouco mal a obra de Eluard.
Bom dia!
Há muita gente que o considerada poeta fraco, mas eu gostava muito de o ler. :)
ResponderEliminarNão terá a densidade de um Char, mas não o considero poeta fraco.
ResponderEliminar