A poesia tem destas coisas. E as palavras contribuem, na sua quase infinita elasticidade.
Em 1958, Jorge de Sena publicou, na Morais Editora, o seu quinto livro de poesia, intitulado "Fidelidade". Hoje, quando refiro fidelidade no sentido seniano, quero dizer que a aplico no sentido mais amplo.
Ao reverter a água de um copo, para a jarra ou garrafa que foi o seu depositário inicial, é preciso mão firme e ritmo constante, no movimento de retorno. Uma pequena hesitação ou uma ligeira mudança de ritmo, e ela entorna-se. Porque toda a acção, para ter sucesso, exige uma tensão constante e persistente. Uma fidelidade, em suma.
para mim, «Fidelidade» é um dos mais belos poemas em língua portuguesa.
ResponderEliminarSer fiel a si próprio é difícil, e que o outro o compreenda ainda mais.
anuo
EliminarInteiramente de acordo, minha cara Amiga.
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