sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Quand il est mort le poète


Não é um Requiem, mas apenas uma nota para referir a morte do cronista e poeta Manuel António Pina (1943-2012), hoje. Assim, este Quand il est mort le poète, de Gilbert Bécaud.
Mas não posso deixar de referir que o mundo virtual do ciberespaço, às vezes, me parece um campo largo de necrofagia. Eu explico: embora a obra poética de Manuel António Pina não fosse das minhas preferidas, quando ele recebeu o Prémio Camões, em 2011, dediquei-lhe um poste ("Se não fossem os gostos, que seria do amarelo?", em 14/5/2011). Este poste esteve adormecido e raramente alguém o visitava. Pois, hoje, desde o início da tarde, 1 em cada 3 visitas (73 visitantes até agora, para ser exacto) veio ler esse poste, num voyeurisme frenético. Provavelmente, durante uma ou duas semanas vender-se-ão muitos livros do Poeta. Dentro de um mês, o mais certo, é que já quase ninguém fale dele. Os necrófagos terão ido para outro lado, em busca de outras novas emoções. Sic transit gloria mundi...

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