Da introdução de Antônio Cândido a Caetés (7º edição, 1965), um pequeno excerto:
Para ler Graciliano Ramos, tavez convenha ao leitor aparelhar-se do espiríto de jornada, dispondo-se a uma experiência que se desdobra em etapas e, principiada na narração de costumes, termina pela confissão das mais vividas emoções pessoais. Com isto, percorre o sertão, a mata, a fazenda, a vila, a cidade, a casa, a prisão, vendo fazendeiros e vaqueiros, empregados e funcionários, políticos e vagabundos, pelos quais passa o romancista, progredindo no sentido de integrar o que observa ao seu modo peculiar de julgar e de sentir De tal forma que, embora pouco afeito ao pitoresco e ao descritivo, e antes de mais nada preocupado em ser, por intermédio da sua obra, como artista e como homem, termina por nos conduzir discretamente a esferas bastante várias de humanidade, sem se afastar demasiado de certos temas e modos de escrever. ..."
Um escritor brasileiro que conheço mal. Tentarei remediar a omissão.
ResponderEliminarVale muito a pena, LB. E se não conhece "Infância", sugiro que comece por aí.
ResponderEliminarNunca li estes dois livros.
ResponderEliminar"Caetés" tem contos pequenos, mas muito bons. Estão à sua disposição, é só dizer...
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