Penso que está enraizada a ideia, pelo menos para mim, em quem vê ou aprecia uma obra de arte, que a sua execução terá de ter, atrás de si, tempo e trabalho - que a justifique.
Uns traços breves, cópias trabalhadas ou retocadas, colagens, à partida, encontram resistências, demoram a ser aceites, quando não são rejeitadas, liminarmente, pelo meu espírito. Ou sentido crítico.
No entanto, quando em 1973, e ao vivo, vi na Tate algumas obras do pintor norte-americano Roy Lichtenstein (1923-1997), pela primeira vez, confesso que fiquei agradavelmente surpreendido.
O penúltimo "Obs." (nº 2542) dá conta, em artigo (ver imagem), da exposição, que tem sido itinerante (Chicago, Londres, Washington), de R. Lichtenstein, no Centro Pompidou. E, por interessante, não posso deixar de traduzir o princípio da crónica de Bernard Géniès. Aqui vai:
"Logo no início dos anos 60, um jovem artista americano tendo acabado de comprar um desenho de Jasper Johns na galeria nova-iorquina de Leo Castelli fica pasmado perante as telas de um desconhecido: Mas eu faço coisas como estas, por influência da publicidade! Não quer vir ver o meu trabalho? É muito diferente mas tem a mesma inspiração! O jovem (tem 32 anos) chma-se Andy Warhol. E a tela que chamou a sua atenção está assinada por Roy Lichtenstein. ..."
Devo acrescentar que prefiro, de longe, as obras de Lichtenstein aos trabalhos de Warhol.
Conheço Andy Warhol há mais tempo, é certamente mais popular pelas figuras e objetos que retratou, mas depois de ver telas de ambos ao vivo - no CCB e no MOMA - também prefiro Lichtenstein...
ResponderEliminarBom fim de semana!
Também gosto mais do Lichtenstein do que do Warhol.gosto da arte Pop e acho que a publicidade passados todos estes anos em vez de evoluir, como seria de esperar, regrediu...
ResponderEliminarNa minha perspectiva, Maria, acho a obra de Wahrol excessivamente monótona.
ResponderEliminarVotos de bom fim-de-semana, também!
Fala-se pouco de Palolo que, entre nós, foi um digno represente da Pop. E concordo consigo sobre a publicidade.
ResponderEliminarEstamos em sintonia quanto a Wahrol e Lichtenstein. :)
ResponderEliminarTemos então consenso, Miss Tolstoi..:-)
ResponderEliminarMais um voto para a unanimidade. Acho que é mais que consenso. :)
ResponderEliminarGosto muito de Palolo. Então, quando vi as suas obras, pela primeira vez (acho que na primitiva Galeria 111), era eu uma miúda, fiquei fascinada.
E o Batarda que também tem uma grande influência da bd? Adoro!
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