Neste breve espaço de fronteira, hesito entre aproveitar a luz pálida que me resta do dia, olhando da varanda a leste, absorto, a paisagem, ou ler até ao fim um texto sobre arqueologia, que diz respeito à civilização Maia e outras, sul-americanas.
Decido-me pelo verde e casas circundantes. E pelas derradeiras andorinhas tresmalhadas que atravessam o azul cinzento, com manchas róseas, baixas, a leste, e o branco sujo e amarelado que vem das bandas do mar invisível. Fechado e lido, o livro do poeta octagenário, pousa-me ao lado.
Arqueologia é passado, o fim do dia é o futuro começo da noite, que vai dar ao dia seguinte. Amém.
Gostei do texto. As suas palavras fizeram-me sentir como se aí estivesse a contemplar esse fim de dia. E acho que fez a escolha certa. A Natureza é a vida a acontecer.
ResponderEliminarObrigado, Sandra.
ResponderEliminarÀs vezes o espírito concede às sensações a liberdade de fruir o tempo..:-)