A fadiga alastra pelos membros, como uma caprichosa desistência física que parece requerer um vazio absoluto, um frio insentido sobre o fogo que lavra e que vai ceifando vidas jovens, árvores, animais, haveres. Naquilo que parece ser um destino fatal da nossa idade.
Há um cinzento que paira por cima de Lisboa. Um capacete de nuvens altas e que pode, até, ser apenas o fumo que se desloca e sobra do incêndio na Malveira. Uma espécie de luto simétrico e cúmplice compassivo ao tempo que nos atravessa a quase todos.
O cortejo e feira das vaidades, nos funerais, é um insulto.
Lamento muito tudo o que está a acontecer. Incêndios, fogos são das coisas que mais me comove e entristece. Para quando a limpeza e vigilância das matas? E tantos eucaliptais, céus...
ResponderEliminarEntretanto, li que para evocar o que se passou no Chiado há 25 anos, estão a simular o que se passou com 300 bombeiros voluntários. Isto é mesmo verdade?
Bom dia!
Fizeram no Chiado, realmente, um simulacro mas, as comunicações parece que funcionaram pessimamente...
ResponderEliminarBom dia!
todos os dias as notícias trazem mais incêndios...também acho que a feira de vaidades nos funerais seja um disparate mas, tenho dois irmãos bombeiros voluntários e noto que eles esperam receber o reconhecimento devido pelas autoridades portuguesas... o reconhecimento é praticamente tudo o que recebem.
ResponderEliminarEmbora eu goste de astrologia, sempre me repugnou a aceitação resignada de fatalismos. Isto para dizer que acho excessivas as mortes que, por causa dos incêndios, se têm multiplicado, este ano, sobretudo entre bombeiros - actividade nobre e solidária, por excelência. Razões? Muitas, decerto...
ResponderEliminarPercebo que lhes seja grato (aos bombeiros) o reconhecimento público, mas reprovo o aproveitamento que alguns políticos fazem dos factos e destas mortes injustas.
Não sabia do incêndio na Malveira da Serra. :(
ResponderEliminarE foi grande, MR.
ResponderEliminarBom dia!