segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Férias 2 - Passeios de bicicleta


Depois das falhadas férias em “magotes aleatórios e forçados”, foi necessário repensar, consensualmente, outras formas de passear nas férias grandes, para além de esporádicas idas a piscinas, quando o tempo o permitia, o que, no centro da Europa, nem sempre era “favas contadas”.
O facto de ter recebido, como presente da minha madrinha, uma bicicleta, representou um ganho de autonomia na mobilidade, permitindo, sobretudo, acompanhar as minhas irmãs mais velhas nas suas “viagens” – a duas rodas – pelas terras mais próximas.
Convém, a esse propósito, recordar determinadas opções acertadas, no ensino básico – na altura até ao 8º ano de escolaridade – que partiam, no conhecimento geográfico e histórico, da unidade mais próxima ao universal. Assim, o aluno iniciava-se na Geografia e História da sua cidade, passando para o Estado Federado e o país, deixando o aprofundamento das noções rudimentares sobre a Europa e o Mundo para ciclos de ensino posteriores. Da Geografia lembro-me dos enormes mapas enrolados, das imagens de terrenos acidentados que entravam pelos olhos adentro e que o professor enchia com a história dos seus habitantes. Assim, quando chegavam a férias, era altura de satisfazer a curiosidade com a experiência viva, ou seja, conhecer o que nos tinham contado.
Assim, e na companhia de pessoas mais velhas e familiares, não tardou a autorização paterna para saídas nunca superiores a uma semana, pernoitando em Pousadas de Juventude, para conhecer a região num raio alcançável pelo pedalar da bicicleta.
Com o avançar da idade e a passagem para o liceu alargaram-se os horizontes, geográficos e culturais. Foi assim que fiquei com uma recordação permanente de uma viagem, de bicicleta, partindo de Colónia, descendo o Reno e o Mosela, para conhecer o país vizinho, Luxemburgo. Apesar de me lembrar da capital Luxemburgo, ficaram, sobretudo, imagens de pequenas localidades. Gostei, sobretudo, de Clervaux, no norte, já no regresso.
                        

Não me esqueci, contudo, do esforço físico de pedalar em terrenos acidentados. São viagens que se fazem, ou na altura própria de juventude, ou já não se repetem.                     

O que me ficou, como memória impagável, é que o lento passar da bicicleta pelos lugares permitiu uma percepção singular que nenhum outro meio de transporte reserva ao visitante de um país. 

Post de HMJ

5 comentários:

  1. As minhas viagens de bicicleta foram de alguns quilómetros apenas... Uns 10? No máximo, que me lembre.
    Mas gostei/ gosto (?) agora já não sei... Tenho saudades, como também tenho de andar a galope, num cavalo, mas são coisas de até aos 18 anos, ambas.

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  2. Muito giro.
    Os meus passeios de bicicleta... começaram e acabaram no Banzão, no mesmo dia. :-)

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  3. Para JAD e MR:
    obrigada pelos comentários. Tenho muita vontade de alugar uma bicicleta para fazer um passeio junto ao rio !

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  4. Deviam ser férias inesqueciveis, como nos filmes de aventuras da adolescência :)
    (Não sei andar de bicicleta...)

    Boa tarde!

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  5. Para Isabel:
    De facto, foram férias que se gravaram na memória e com boas recordações.

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