sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Justiça?


É mais uma, a juntar às outras inúmeras enormidades que a justiça portuguesa tem produzido prodigamente, nos últimos tempos, com milimétrica morosidade, diletantismo e sobranceria soberana.
Haverá casos em que a complexidade dos casos e processos poderá justificar e atenuar o imenso tempo, de caracol e tartaruga, para julgar e decidir litígios. Não é este o caso. E o dissídio conta-se em poucas palavras. Em 2006, um casal de namorados, em Barcelos, ganhou um prémio milionário no Euromilhões. Pouco tempo depois, zangaram-se. E a namorada arrogava-se no direito de receber o prémio por inteiro. Justificadamente, o rapaz não concordava, e o caso foi posto em tribunal, em 2007.
Pois, só há dias, os meritíssimos, 6 anos depois (isto é que é produtividade!...), produziram sentença: o prémio terá de ser repartido por igual, entre os dois ex-namorados. Mas os juízes tribunalícios não foram pecos a pedir: só de custas do processo, o casal tem de pagar 300.000 euros!
Pudera, deve ser para pagar 6 anos de ordenado, aos sonolentos juízes de Barcelos...

7 comentários:

  1. Por ordem:
    1 - Se houvesse sentido de responsabilidade, esta corporação passava à clandestinadade, por vergonha ( os poucos que ainda são seres humanos responsáveis)...
    2 - Deviam era ser penalizados, ou despedidos, por uma questão de sanidade profissional.

    ResponderEliminar
  2. É grande, o prémio, mas não o consigo quantificar com rigor...

    ResponderEliminar
  3. Atenção!
    A justiça não são só os juízes! E com esta chamada de atenção não pretendo desculpabilizar eventuais responsabilidades destes senhores (as). Mas, senhores!? E os atestados médicos falsos que fazem adiar sessões e sessões; E o cidadão que não colabora com a justiça quando declara em falso? Sejamos efectivamente superiormente cultos e letrados e critiquemos com lucidez. Quanto às custas, elas são calculadas e aplicadas segundo o previsto na lei, aliás, como em tudo o resto.

    ResponderEliminar
  4. Atenção!
    A justiça não são só os juízes! E com esta chamada de atenção não pretendo desculpabilizar eventuais responsabilidades destes senhores (as). Mas, senhores!? E os atestados médicos falsos que fazem adiar sessões e sessões; E o cidadão que não colabora com a justiça quando declara em falso? Sejamos efectivamente superiormente cultos e letrados e critiquemos com lucidez. Quanto às custas, elas são calculadas e aplicadas segundo o previsto na lei, aliás, como em tudo o resto.

    ResponderEliminar
  5. Minimamente atento, meu caro Charles, tenho andado eu, a estes despautérios constantes. E não sei se a sua "dama" (Justiça portuguesa) merece que tenha vindo a terreiro, para a defender, abstractamente.
    É evidente que 6 anos de custas ficarão mais caros do que uma decisão, em tempo justo, de um processo de uma simplicidade linear. Mas é normal, uma boa parte dos portugueses, fazer todos os contorcionismos possíveis para que as culpas morram solteiras. É um longo processo de irresponsabilização colectiva e infantil que não nos leva a lado nenhum...

    ResponderEliminar