segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Arte e especulação


A tela "Le Rêve", de Picasso, pintada em 1932, retratando Marie-Thérese Walter, é por excesso e desmesura o melhor exemplo da especulação criada em volta de uma obra de arte. A pintura, com sugestões ligeiramente eróticas, teve, em menos de 70 anos, cinco possuidores, cada um deles obtendo, em venda, um lucro astronómico e substancial. Senão vejamos a evolução vertiginosa do seu preço:
- 1941: 7.000 dólares.
- 1997: 44,4 milhões de dólares (vendido num leilão da Christie's).
- 2001: 60 milhões de dólares.
- 2006: 155 milhões de dólares.
Tirando a venda de 1997, todas as transações restantes foram ajustadas entre particulares.

4 comentários:

  1. E será que a vendiam hoje, é que já estou como o Comendador do CCB, "olha, ficava bem ali, na sala"...

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  2. Eu julgo que encontraria comprador...Não há muito tempo, uma princesa do Qatar, comprou 1 das versões dos "Joueurs de cartes", de Cézanne, por 250 milhões de dólares.

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  3. Muito giro.
    Em tempos pensei que os pintores deviam receber mais valias destes milhões todos. Venderam os quadros por tuta e meia... (De onde virá esta expressão?)

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  4. Pois devia ser, MR, estilo direitos de autor...
    Quanto a "tuta e meia", que até Guimarães Rosa usou ("Tutaméia") para título de um livro de contos, não lhe sei a origem. Vou-me pôr em campo...

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