Como em tudo aquilo que é efémero e inconsistente, o cuidado posto, às vezes, no pormenor e aspectos secundários, prejudicam e fazem descurar o que é essencial.
A chamada Monarquia do Norte (ou Reino da Traulitânia, como lhe chamaram os republicanos mais ferrenhos) resultou da incursão de Henrique Paiva Couceiro (1861-1944) que, vindo da Galiza, conseguiu tomar posse do Porto e formar uma Junta Governativa, monárquica. Teve vida efémera o regime, que durou de 19 de Janeiro a 13 de Fevereiro de 1919, mas semeou uma onda de violência revanchista, latrocínios e alguns assassinatos, entre os republicanos portuenses.
Não se coibiram, porém, os neo-monárquicos de mandar imprimir selos que foram postos à venda, nas estações dos Correios do Porto, na manhã de 13 de Fevereiro, data em que as forças republicanas, vindas do Sul, retomaram a cidade. Não tendo, por isso, circulado em cartas.
Em imagem, as referidas estampilhas. Na parte superior, os selos que se destinavam à correspondência; na parte inferior as provas dos selos que foram, parcialmente, aprovadas.
Sem comentários:
Enviar um comentário