O homem angustiado não ousa mover-se - nem o seu corpo nem o seu pensamento, como o homem que, no seu banho, sentiria o frio se agitasse as águas. Isso fá-lo-ia aperceber-se do seu medo.
O movimento torna a sensibilidade mais viva. Depois de um choque, permanecemos imóveis. É um nexus estranho, em que as ideias, os movimentos, a variação da sensibilidade se misturam curiosamente.
Paul Valéry, in Tel Quel II (pgs. 201/2)
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