As disciplinas humanas têm regras diferentes e valores, por vezes, antagónicos. Se a contrafacção de um incunábulo deprecia muitíssimo o valor desse livro antigo, já, em filatelia, há selos falsos que, algumas vezes, valem mais do que os originais. Compreende-se: as falsificações tiveram uma tiragem muito inferior ao selo autêntico e oficial (é o caso do "Pera de Satanaz", falsificação relativamente bem feita do selo de D. Luís, de 1882-83, que vale cerca de 20 vezes mais do que o original).
Mas também a imperfeição, muitas vezes, tem valor. Um erro de impressão valoriza, quase sempre, um selo, do ponto de vista filatélico, porque o torna raro, por ter sido um acontecimento fortuito que não mais se repetiu. Em imagem, para melhor se perceber, damos um exemplo do selo Ceres, taxa de 1 centavo, castanho (nº 221), da emissão de 1917-20. Nalguns, poucos exemplares, veio a "colar-se", durante a impressão, um obstáculo que se traduziu por uma incómoda vírgula (ou cedilha) branca, ao lado esquerdo do C. (de centavos). Este erro, não muito frequente, valoriza o selo imperfeito para o dobro do valor do selo perfeito.
Mas as impressões contrafeitas podem ser igualmente valiosas se forem da época
ResponderEliminarAnotei, e agradeço.
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